As últimas temporadas da Fórmula 1 simbolizaram um período atípico e desafiador para a Mercedes . Após uma sequência dominante entre 2014 e 2020, a escuderia alemã terminou o campeonato de 2023 sem vitórias pela primeira vez desde 2011. Como se não bastasse, ainda testemunhou sua principal concorrente, Red Bull, apresentar um desempenho histórico caracterizado por 21 vitórias em 22 provas.
Enquanto a RBR se adaptou rapidamente ao novo regulamento implementado em 2022, a Mercedes sofreu com o ajuste do carro nos dois últimos anos e espera ter condições de equilibrar a disputa a partir de 2024. Mesmo com o momento instável e longe das glórias, Toto Wolff garantiu que nunca pensou em abandonar o posto de chefe da equipe.
“Não, não quero”, disse ele quando questionado se alguma vez pensa em renunciar. “Porque ainda acho que posso contribuir com a equipe na minha área de atuação. Tento manter tudo sob controle, embora às vezes eu fique muito emocionado. Mas eles me conhecem tão bem, que tenho esses momentos difíceis no domingo à noite. Eu posso contribuir".
"Não encontrei alguém que pudesse dizer: 'Acho que essa pessoa tem mais energia, mais motivação, mais habilidade e todos esses fatores que acredito serem importantes para ser um chefe de equipe'”, acrescentou.
Wolff ainda destacou que o ambiente na escuderia segue positivo mesmo em meio aos resultados ruins e fez questão de assumir a responsabilidade pelo desempenho abaixo do esperado.
“Isso é algo que estamos incutindo na organização desde 2013”, afirmou. “Culpamos o problema e não a pessoa. Somos um ambiente seguro, ninguém foi demitido por incumprimento. Sempre encontramos soluções".
“Se um departamento não funciona, a culpa é minha. Porque então não forneci a estrutura certa ou não participei da contratação das pessoas certas. Não faz sentido culpar alguém que não está fazendo o bem o suficiente porque todos estão dando o melhor de si. Essa é a mentalidade que temos na organização. Portanto, não há cultura de culpa, nós nos apegamos a ela, e estou muito orgulhoso disso", finalizou.
Mesmo sem vitórias em 2023, a Mercedes conseguiu superar a Ferrari e terminou o campeonato com a vice-liderança no Mundial de Construtores. Os alemães somaram 409 pontos contra 406 dos italianos.